Banco sem impacto: reservas do Vasco ainda não participam de gols sob comando de Diniz

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A atuação do Vasco no empate com o Grêmio reacendeu um debate constante na temporada: a baixa produtividade dos jogadores que saem do banco. Na partida de sábado, em São Januário, Fernando Diniz utilizou apenas duas das cinco substituições permitidas. A decisão gerou críticas de torcedores nas redes sociais.

Na entrevista coletiva, o técnico explicou o motivo de ter feito poucas alterações:

— Eu não vou fazer substituições só porque há substituições. Se o David não machuca, talvez eu nem fizesse. Não está todo mundo ainda na mesma página tática. Mudo quando acho que vai melhorar o time. Se não, não mudo.

Apesar das justificativas, o banco do Vasco não tem conseguido oferecer soluções. Um levantamento do Gato Mestre mostra que, nos 10 jogos sob comando de Diniz, nenhum reserva que entrou em campo teve participação direta em gol — nem marcando, nem dando assistência.

Esse dado expõe um dos principais problemas do time: a falta de profundidade no elenco. Mesmo quando Diniz opta por usar as substituições, elas raramente têm efeito prático. Em apenas três das dez partidas ele não utilizou todas as trocas disponíveis. E mesmo quando usou, em boa parte das vezes elas ocorreram nos minutos finais — o que também limita o impacto no jogo.

Nas vitórias sobre Fortaleza e São Paulo, por exemplo, as trocas aconteceram majoritariamente após os 40 minutos do segundo tempo. Ou seja, Diniz tem feito as alterações mais para administrar o resultado do que para buscar uma virada ou criar algo novo ofensivamente.

O jogador mais acionado do banco é Mateus Carvalho, que entrou em oito partidas. Contra o Grêmio, substituiu David, que saiu com cãibras. A entrada do volante foi criticada por parte da torcida, que considerou a escolha conservadora. Pouco depois da substituição, o Grêmio empatou em jogada aérea. Diniz, no entanto, negou relação entre os fatos e defendeu a decisão:

— O time não recuou por causa da entrada do Mateus. O problema foi outro. Imagina se eu coloco o Loide, aí iam dizer que o gol saiu porque eu botei o atacante. O questionamento seria o mesmo.

Adson, que também vinha sendo presença constante entre os reservas, está fora por tempo indeterminado por causa de uma fratura na tíbia. Outros nomes como Alex Teixeira, Loide Augusto e Paulinho também têm aparecido com frequência, mas sem conseguir causar impacto.

Com os atuais reservas sem brilho, o Vasco está atento ao mercado. A prioridade é a contratação de um atacante com bons números de participação em gols — uma tentativa de suprir essa carência de peças ofensivas capazes de mudar o rumo de uma partida.

Do lado dos titulares, quem mais vem sendo substituído é Nuno Moreira. Desde a chegada de Diniz, ele foi sacado de oito dos dez jogos. O desgaste físico é apontado como uma das causas. No último duelo, porém, o meia português atuou os 90 minutos, o que indica melhora no seu condicionamento após a pausa no calendário.

Coutinho, Rayan e Tchê Tchê também estão entre os jogadores mais substituídos, o que mostra uma certa constância nas trocas feitas pelo treinador durante as partidas.

No geral, o cenário reforça o que muitos torcedores já percebem em campo: o Vasco tem um time titular competitivo, mas carece de peças de reposição capazes de manter o ritmo ou mudar o jogo. Por isso, a janela de transferências é vista como essencial para a sequência da temporada.

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