Depois de duas temporadas longe de casa, Damian Lillard está de volta ao Portland Trail Blazers. O armador de 35 anos acertou um contrato de três temporadas com a franquia onde se tornou ídolo, incluindo uma cláusula de não-troca e opção de renovação para a temporada 2027-28. O valor total do novo acordo é de 42 milhões de dólares, segundo a imprensa americana.
Lillard retorna a Portland meses após ter sido dispensado pelo Milwaukee Bucks, que optou por abrir espaço no elenco para contratar o pivô Myles Turner. Apesar da lesão no tendão de Aquiles sofrida nos playoffs de 2025, o armador recusou ofertas de times concorrentes ao título para voltar à cidade onde construiu sua trajetória e onde vive sua família.
O vínculo entre Lillard e Portland é raro na NBA moderna. Foram 11 temporadas defendendo os Blazers, onde lidera a franquia em pontos (19.376) e cestas de 3 pontos (2.387), além de ocupar a segunda colocação em assistências (5.151). Durante esse período, foi eleito sete vezes All-Star, sete vezes All-NBA e levou a equipe aos playoffs em oito oportunidades — incluindo uma inesquecível campanha até a final do Oeste em 2019.
A passagem pelos Bucks teve bons números — médias de 24,6 pontos, 7,0 assistências e 4,6 rebotes por jogo —, mas a conexão emocional nunca foi a mesma. Portland é onde Lillard virou símbolo. É onde ele acertou arremessos históricos, como o que eliminou o Thunder nos playoffs de 2019, e é também onde, ao lado de Carmelo Anthony, protagonizou um dos momentos mais carismáticos da franquia nos últimos anos.
Agora, mesmo afastado das quadras durante a temporada 2025-26 por conta da recuperação, Lillard deve assumir papel central como referência e mentor de uma nova geração liderada por Scoot Henderson. O elenco também conta com o retorno de Jrue Holiday, além de nomes como Deni Avdija e Robert Williams III.
A movimentação dos Blazers foi mais do que estratégica — foi simbólica. A volta de Lillard fortalece o elenco e reconecta o time com sua identidade. Para quem acompanhou sua trajetória desde o início, o reencontro promete não apenas nostalgia, mas também esperança para um novo ciclo em Portland.
